As mudanças climáticas ao longo do último século, além de trazerem graves consequências para os seres humanos, como, por exemplo, aumento da ocorrência de enchentes, tempestades, furacões, secas, interferências na agricultura e também impactos na saúde e bem-estar, estão provocando estresse nas abelhas.
Segundo pesquisadores, as mudanças climáticas estão impactando negativamente a população de abelhas, principalmente as da espécie mamangaba, prejudicando o seu desenvolvimento e podendo levar à perda da diversidade genética.
Um estudo feito com quatro espécies diferentes e publicado no Journal of Animal Ecology destacou que o estresse devido às mudanças climáticas afetou diretamente no crescimento das abelhas, causando uma alta assimetria nas asas de zangões, principalmente em anos mais quentes e úmidos, onde essa assimetria é ainda evidenciada.
Já um outro estudo publicado na revista Methods in Ecology & Evolution, realizado com mais de cem espécies de abelhas com mais de 130 anos, destacou que essas alterações climáticas podem levar à perda da diversidade genética.
O objetivo desses estudos é entender as respostas das abelhas a fatores ambientais específicos e poder direcionar ações efetivas para a conservação desses insetos, que são fundamentais para a nossa existência.
As abelhas são as principais responsáveis por boa parte dos alimentos que consumimos, como café, feijão, cenoura, entre outras milhares de espécies vegetais, pois cerca de dois terços de todo esse alimento é produzido pelo trabalho de polinização das abelhas.
Além disso, as abelhas são imprescindíveis para o equilíbrio dos ecossistemas e sua extinção levaria a um desequilíbrio tanto da natureza quanto da economia global.
Além das mudanças climáticas ao longo dos últimos 100 anos, outros motivos que podem causar a extinção das abelhas são o uso de agrotóxicos e pesticidas em lavouras, as queimadas e chuvas ácidas, o desmatamento e a destruição do seu habitat natural.
As abelhas são insetos polinizadores essenciais para a biodiversidade e bom funcionamento dos ecossistemas e, por isso, inúmeros pesquisadores vêm alertando sobre a importância de tomarmos atitudes no nosso dia a dia para a conservação desses insetos.
Confira algumas ações que podem ser tomadas para evitar a extinção das abelhas:
Para apoiar e contribuir ainda mais com as abelhas, podemos também plantar flores e plantas que atraiam esses insetos, como lavanda, girassol, dente-de-leão, jabuticabeira, erva-cidreira, entre tantas outras.
Inclusive, a Prefeitura de São Paulo sancionou a Lei 17.837/2022 que prioriza o plantio de espécies que atraiam abelhas e que contribuam para o aumento da polinização e da produtividade agrícola.
Portanto, lembre-se sempre de tomar iniciativas que diminuam as mudanças climáticas e que possam reduzir o impacto causado na vida das abelhas!