As abelhas são seres sociais que vivem em colônias – as colmeias – onde vivem uma rainha, alguns zangões e milhares de operárias, cada um com tarefas distintas a cumprir e, a depender da tarefa que desempenham, possuem morfologia diferenciada. As abelhas são exemplos de organização e disciplina.
Ao observar uma colmeia, percebe-se uma nítida segmentação “profissional”, com tarefas distintas distribuídas entre todos. Apesar de um ciclo de vida curto, as abelhas operárias se organizam para executar as principais tarefas: limpeza, alimentação, construção dos favos, produção de mel e derivados, colheita de pólen e do néctar e a segurança da colméia. A cada um, o seu papel, como explicado em seguida.
Uma das curiosidades sobre as abelhas é que a rainha é a única fêmea que pode reproduzir e fica responsável pela postura dos ovos de onde nascerão operárias, zangões e novas princesas. Ela faz um voo nupcial ao se tornar madura e guarda dentro de si, em um órgão chamado espermateca, todos os espermatozóides e, a cada vez que ela coloca um ovo, libera também alguns espermatozóides para fecundá-lo, a não ser que o ovo seja para o nascimento de um macho.
Além da reprodução, ela tem a função de liberar feromônios, que são substâncias químicas que funcionam como “mensageiros” e são responsáveis por desencadear comportamentos previsíveis. Dessa forma, a rainha mantém o bom funcionamento da sociedade.
São os machos da colmeia, têm um porte superior às operárias e não possuem ferrão. Sua função dentro dessa sociedade é fecundar a abelha rainha durante o voo nupcial, sendo totalmente alheio às outras atividades da colmeia.
Eles nascem de ovos não fecundados, não possuem órgãos de defesa nem de trabalho, porém são dotados de visão e olfato excepcionais, sendo capazes de perceber a presença de rainhas virgens em até 10 km de distância.
Falando em trabalho, as operárias são as que mais têm obrigações a cumprir. Elas são responsáveis pelos trabalhos de dentro e de fora da colmeia. Também chamadas de obreiras, as abelhas operárias não têm capacidade de reprodução e possuem uma evolução “profissional”, classificadas em pelo menos seis tarefas:
A faxina é feita pelas operárias logo que nascem. Elas retiram o que não serve mais para a colméia.
As operárias deixam a limpeza e começam a secretar a geleia real e alimentar as larvas. É o trabalho na “maternidade” da colmeia.
Elas passam a produzir a cera a partir do mel ingerido e outras secreções para construir os favos.
Por volta do 16º dia de vida, elas vão para a linha de produção do mel. Retiram o néctar do estômago das abelhas campeiras e junto com as enzimas formam o mel que é depositado nos favos.
A sentinela é feita através de voos em torno da colônia, protegendo-a de insetos e outros animais que ameaçam a vida delas.
Já mais velhas, as operárias passam a ser coletoras – se tornam campeiras – voando e pousando de flor em flor para buscar pólen e néctar, matérias primas essenciais para a sobrevivência da colmeia.
Além dessas tarefas apresentadas, as abelhas também fazem o trabalho mais importante para a natureza: a POLINIZAÇÃO, que é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas através dos grãos de pólen, que estão localizados nas anteras de uma flor, para o receptor feminino de outra flor ou para o seu próprio estigma.
Através deste processo obtemos diversos grãos, sementes e leguminosas que estão presentes em nossa mesa.
Gostou de saber mais curiosidades sobre as abelhas? Não tem como não se encantar por esses insetos!