Em 1839, o padre Antônio Carneiro trouxe de Portugal algumas abelhas da espécie Apis Mellifera, dando início à atividade apícola no Rio de Janeiro. Mais tarde foram também introduzidas outras espécies pelos imigrantes europeus nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Nesta época, o manejo com abelhas era apenas por hobby e para a produção de cera.
Com uma produção baixa de mel, em 1956 o professor Warwick decidiu ir em busca de novas abelhas rainhas na África. A empreitada contou com o apoio do Ministério da Agricultura e foram trazidas para o Brasil 49 rainhas e instaladas em um apiário experimental no estado de São Paulo.
A ideia do projeto era definir uma raça que se adequasse melhor às condições do Brasil e para isso foram feitos estudos comparativos entre as primeiras abelhas vindas da Europa com as africanas, analisando principalmente a produtividade e a resistência. No entanto, uma falha no manejo liberou abelhas africanas provocando o cruzamento entre as duas espécies e resultando nas abelhas “africanizadas”.
Foi um período problemático, onde as abelhas vindas da África, que inicialmente eram consideradas as salvadoras da apicultura no Brasil, sofreram um olhar sensacionalista por parte dos noticiários da época e passaram a ser consideradas como pragas, abelhas assassinas e que precisariam ser exterminadas.
Todo esse transtorno afastou muitos apicultores da atividade, já que a produção era muito baixa, as técnicas de manejo ainda bem precárias e, além disso, o uso de inseticidas passou a ser avaliado para pulverizar grandes áreas.
O imprevisto provocou a africanização dos apiários antes que o professor Warwick pudesse fazer o melhoramento pretendido. No entanto, hoje a apicultura no Brasil conta com uma espécie africanizada que se adaptou bem ao ambiente brasileiro, tem boa produtividade e alta resistência às doenças.
Dessa forma, os apicultores remanescentes começaram a adaptar as técnicas de manejo das abelhas europeias para as africanizadas. Em 1967, é fundada a Confederação Brasileira de Apicultura, incentivando a troca de experiências, simpósios e congressos que ajudaram no restabelecimento da apicultura, sendo hoje um importante setor da agropecuária brasileira.
A partir dos anos 70, a apicultura se expandiu também nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e hoje o Brasil é internacionalmente conhecido como produtor de excelente mel e dos demais produtos apícolas, exportando para todas as partes do mundo.
Vários produtos apícolas estão presentes na mesa das pessoas e o mel é o mais comum deles. Segundo o IBGE, a produção de mel no Brasil – dados de 2018 – é em torno de 41 toneladas, com possibilidade de crescimento.
As características de floradas e de clima são propícias à atividade da apicultura, garantindo um mel de excelente qualidade. O Brasil deu um grande salto em 50 anos de abelhas africanizadas, ocupando a 5ª posição do ranking mundial de exportação, onde antes era detentor da 27ª posição.
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